Até o início de outubro de 2020, a poeta Louise Glück era nome praticamente desconhecido no Brasil. Se depois disso não chegou a se tornar exatamente celebridade, num País em que artistas efêmeros são incensados e grandes nomes da cultura merecem descaso, Louise ao menos atraiu alguma curiosidade.
Ocorre que ela foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura de 2020, a maior honraria que um escritor pode receber em vida. E agora finalmente essa norte-americana de 78 anos, nascida em Nova Iorque em 22 de abril de 1943 (no dia em que se festeja o “descobrimento” do Brasil), tem sua obra trazida para o português.
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A missão coube a Heloisa Jahn, Bruna Beber e Marília Garcia, que traduziram três de seus livros para o volume Poemas: 2006-2014, que a Companhia das Letras incorporou a sua coleção Prêmio Nobel, com lançamento nacional nesta sextafeira. As obras Averno, de 2006; Uma vida interior, de 2009; e Noite fiel e virtuosa, de 2014, oferecem um primeiro contato do leitor brasileiro com a mais recente ganhadora do Nobel.
Nessa condição, para ter merecido a aclamação da Academia Real de Ciências da Suécia, é porque Louise já possuía ampla e indiscutível acolhida internacional. Isso só reforça o quanto o Brasil costuma estar alheio a grande parte do que é apreciado e respeitado em artes e cultura mundo afora. Nesse sentido, o Nobel acaba sempre tendo o efeito de reposicionar o mercado editorial brasileiro em relação a produções relevantes, para o bem dos leitores.
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