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Fiéis confeccionam tapetes de Corpus Christi na Catedral São João Batista

Foto: Alencar da Rosa

Tapetes já dão mais cor à catedral

O colorido dos tapetes de Corpus Christi já começa a preparar a comunidade para o feriado, celebrado nesta quinta-feira, 3. Na Catedral São João Batista de Santa Cruz do Sul, desde a manhã de segunda-feira, 31, fiéis deram início à confecção dos adornos que fazem parte da tradição católica. A primeira missa ocorre nessa quinta às 9 horas e será presidida pelo bispo diocesano, dom Aloísio Dilli. No mesmo dia, às 18h15, outra cerimônia será realizada. Em razão da pandemia de Covid-19, haverá restrições de distanciamento e lotação máxima na igreja.

A voluntária Lucia Ertel, de 68 anos, realiza a montagem dos tapetes desde 1988. Ela conta que o trabalho começa a ser preparado semanas antes, quando a equipe pensa nos desenhos. Neste ano, os tapetes são compostos principalmente de areia colorida e tampinhas forradas. A maior parte do material é comprado, mas também são feitas doações.

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Equipe de voluntários mantém a tradição católica. Neste ano, os adornos são montados com areia colorida e tampinhas forradas | Foto: Alencar da Rosa

“É um trabalho que tem que ser feito com paciência. É uma demonstração de amor a Jesus. Todas as pessoas que ajudam fazem isso com muito carinho. Jesus se faz presente na eucaristia, ele desce do céu para estar conosco, somos tão miseráveis, não somos merecedores desse grande dom, fazemos isso como forma de homenagem e gratidão”, observa.

Neste ano, os tapetes ficam restritos ao interior da catedral, a fim de evitar maior movimentação de pessoas. As celebrações também acontecerão com limitação de público, os bancos terão demarcação de distanciamento e não haverá procissão. “Será uma pessoa por banco e cumpriremos todos protocolos de uso de máscara e de álcool em gel”, afirma Lucia.

Além disso, o público que comparecer às missas está sendo convidado a levar pelo menos um quilo de alimento não perecível, que será doado para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os produtos arrecadados serão destinados pelo projeto social da catedral para as pessoas que precisarem.

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Gerações de fé

Já é o terceiro ano em que Maria Laura Reis Zago, de 12 anos, auxilia na confecção dos tapetes de Corpus Christi. Incentivada pela avó e pela mãe, a menina adora participar dos preparativos para a celebração. “Ela me pede muito sempre. Eu comecei mais a vir com a minha mãe primeiro e depois eu trouxe a Maria Laura, nós gostamos de servir”, conta a mãe da jovem, Elizandra Reis Broll Zago, de 40 anos. As duas comentam que o trabalho deve ser feito de forma minuciosa. “Não é que seja difícil, mas também não é fácil, tem que cuidar para não passar da linha. Aprendi com minha mãe, e eu ia vendo as pessoas fazerem também”, lembra Maria Laura. Além de montar os tapetes, a família também pretende ir à missa no feriado.

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Maria Laura, de 12 anos, aprendeu a trabalhar nos tapetes com a mãe Elizandra | Foto: Alencar da Rosa

Mais sobre Corpus Christi

Em latim, Corpus Christi significa “corpo de Cristo”. Para o Catolicismo, Cristo se transforma no pão (a hóstia), que se torna seu corpo, assim como o vinho se converte em seu sangue. A presença sacramental de Jesus Cristo na Eucaristia é chamada de transubstanciação. A festa era uma das mais pomposas procissões católicas em Portugal e foi trazida para o Brasil pelos colonizadores, no século 16. A celebração foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 1264, para ser celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, que ocorre, por sua vez, no domingo seguinte ao de Pentecostes. O costume de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. No Sul do Brasil, chegou com os imigrantes açorianos. Nas cidades que preservam a tradição, é comum ornamentar as ruas por onde passará a procissão com um tapete desenhado com serragem tingida, palha, borra de café, areia e grãos.

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