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VÍDEO: Festival Santa Cruz de Cinema está com as inscrições abertas

Vencedores receberão o troféu Tipuana

Uma live de lançamento na última quinta-feira, 10, deu a largada para a quarta edição do Festival Santa Cruz de Cinema. A transmissão ao vivo pelas páginas do Sesc/RS e do Portal Gaz no Facebook contou com show da dupla Ramal 314, um vídeo-manifesto celebrando o cinema nacional e o anúncio do homenageado desta edição, o ator Matheus Nachtergaele.

O evento será realizado neste ano em formato híbrido, presencial ou online, por conta da pandemia. E já estão abertas as inscrições para que os realizadores de todas as regiões do Brasil inscrevam seus filmes no festival, que será realizado entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro deste ano.


A cidade torna-se polo referencial dessa arte

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Com a realização do Festival de Cinema pelo quarto ano, Santa Cruz do Sul torna-se uma referência nacional no setor. Para o professor Angelo Hoff, a cidade já é conhecida por atrair um conjunto de grandes eventos, incluindo a Oktoberfest e o Enart. “Para o município, e também para a região, a consolidação de Santa Cruz do Sul como um polo de audiovisual não só no Estado, mas no País inteiro, certamente é um diferencial para o desenvolvimento cultural”, citou.

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Os organizadores acreditam que a cidade ganha muito com a realização do evento. “Associar o nome de uma cidade a qualquer evento cultural contínuo, e que tem como objetivo atrair pessoas de todo o País para celebrar arte e cinema, é sempre um excelente modo de ser reconhecido Brasil afora”, completou Rudinei Kopp.

A prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, demonstra satisfação pelo fato de a cidade sediar o evento. “Fico muito contente por Santa Cruz do Sul ser protagonista de um festival de cinema reconhecido nacionalmente. E mais ainda por também valorizar os talentos aqui da nossa cidade, além de propor cursos e debates tão interessantes. Cultura é vida!”, disse.

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Já para o secretário de Cultura, Marcelo Corá, a Prefeitura é uma das patrocinadoras do evento por acreditar na iniciativa. Segundo Corá, o festival mexe no eixo dos eventos tradicionais, posicionando-se como uma novidade bem-organizada que veio para ficar. “Este evento divulga a cidade para pessoas formadoras de opinião de todo o País. Seu alcance leva as pessoas que trabalham nessa área e gostam de cinema a querer saber mais sobre nosso município e a região.”

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A celebração do audiovisual

Além de celebrar as produções audiovisuais, o Festival Santa Cruz de Cinema já colocou o município no mapa dos eventos culturais do País. Para o sócio da produtora Pé de Coelho, Diego Tafarel, Santa Cruz do Sul ganha com o evento. “Realizar o festival sempre é uma alegria muito grande, e perceber que ele fica maior a cada ano que passa é gratificante. Tenho certeza que Santa Cruz está se tornando um polo do cinema brasileiro.”

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A cada ano a organização busca agregar novidades para manter a qualidade do festival, que não foi cancelado nem mesmo com a pandemia. “É um evento que muito nos orgulha, que a gente faz com muito amor, com muita motivação, e, com certeza, ainda temos alguns meses pela frente. Nossa expectativa é ter muitas inscrições, ter essa movimentação de cineastas de todo o País”, frisou a gerente do Sesc local, Roberta Corrêa Pereira, que se diz feliz e orgulhosa com a nova edição.

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O evento, que surgiu da iniciativa de instituições e empresas que vivem da promoção cultural, busca evidenciar a alta qualidade das produções nacionais. “Temos mantido a ideia, desde o início, de que é preciso selecionar filmes que tenham roteiros bem construídos, produções bem realizadas e histórias que revelem as tantas formas de ser do brasileiro”, explica o professor Rudinei Kopp, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e um dos organizadores.

Mesmo com as dificuldades de gravar em meio à pandemia, ele acredita que, com o incentivo da Lei Aldir Blanc, haverá um bom número de filmes inscritos. Um dos impasses da edição deste ano era a possibilidade de atividades presenciais. Conforme o diretor de Extensão e Relações Comunitárias da Unisc, Angelo Hoff, o festival ainda não tem sua modalidade 100% definida, mas está preparado para ocorrer de forma online. “Se as condições de biossegurança, as condições sanitárias e os decretos assim permitirem, também há possibilidade de ser realizada de forma presencial. Essa alternativa está sendo previamente preparada.”

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Patrocinadora desde a primeira edição do festival, a JTI comemora a parceria, contribuindo ativamente. “Ficamos muito felizes com o investimento feito, pois tem colocado o nome da cidade no roteiro cultural nacional, com resultados crescentes em qualidade e quantidade de concorrentes”, declarou o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flávio Goulart.

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Parceira do evento, a Gazeta sempre teve a filosofia de dar máxima visibilidade e atenção a todas as manifestações culturais e artísticas, salienta o gestor de Conteúdo Multimídia, Romar Rudolfo Beling. “Um evento como o Festival Santa Cruz de Cinema, que já se projetou de maneira tão qualificada para o Brasil, merece total acolhida, ainda mais neste período em que, com o advento da pandemia, os setores culturais foram muito afetados.”

Para Daniel Augusto Hoppe, sócio-proprietário do pub Proeza, é uma honra receber eventos culturais no espaço. “Somos um autêntico pub, ou seja, uma public house, uma casa pública. A gente adora poder receber o público não só para aproveitar nossos atrativos, mas usar o espaço para fomentar encontros que gerem entretenimento e troca de ideias e também momentos de felicidade.”

O Festival Santa Cruz de Cinema tem realização do Sesc/RS – Unidade Santa Cruz do Sul, produtora Pé de Coelho Filmes e Cursos de Comunicação Social – Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Tem patrocínio da JTI e da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. O apoio é de Gazeta Grupo de Comunicações e Proeza. Mais informações no site festivalsantacruzdecinema.com.br.

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Filmes concorrem ao Troféu Tipuana

As inscrições dos curtas são realizadas pelo site do festival: elas se iniciaram no dia 10 deste mês e ficarão abertas até 31 de agosto. No ano passado, foram 603 produções inscritas, vindas de 23 estados brasileiros e também do Distrito Federal. Os filmes devem ter até 25 minutos de duração e podem ser dos gêneros ficção, animação e documentário.

É obrigatório que os trabalhos inscritos tenham sido produzidos no Brasil, ou por realizadores brasileiros, e finalizados após o dia 1º de janeiro de 2019. Mesmo filmes que já tenham sido inscritos anteriormente, e não foram selecionados, podem concorrer mais uma vez se atenderem aos critérios. Dependendo da situação sanitária da região no período, por conta das questões da pandemia, a edição poderá ser realizada online, como ocorreu no ano passado, ou presencial. Se for possível realizar as atividades presenciais, as sessões ocorrerão no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Nos cinco dias de evento serão exibidos os 18 filmes selecionados, sendo 12 nacionais e seis regionais (filmes gaúchos). Os escolhidos nas categorias Melhor Filme, Direção, Fotografia, Direção de Arte, Ator, Atriz, Roteiro, Montagem, Trilha Sonora, Desenho de Som, Melhor Filme Gaúcho e Melhor Filme pelo Júri Popular receberão o Troféu Tipuana.

Já receberam o prêmio de Melhor Filme do Festival os curtas O Vestido de Myriam, de Lucas Rossi, em 2018; Nova Iorque, de Léo Tabosa, em 2019; e Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Steffany Fernanda e Vita Pereira, no ano passado.

A Mostra Olhares Daqui também retorna em 2021

Um dos destaques do quarto ano do Festival Santa Cruz de Cinema é o retorno da Mostra Olhares Daqui, já realizada nas edições de 2018 e 2019. Serão aceitos filmes de cineastas de Santa Cruz do Sul, além de produções de alunos e ex-alunos dos cursos de Comunicação Social da Unisc. “É uma premiação específica para as produções locais, da cidade e região, incentivando também essa nova área de atuação”, disse Angelo Hoff. A mostra contará com seis títulos e haverá premiação para o Melhor Filme da Mostra, que também receberá um Troféu Tipuana na noite de encerramento do festival.

Reverência a Matheus Nachtergaele

O grande homenageado pelo Festival Santa Cruz de Cinema em 2021 é o ator paulista Matheus Nachtergaele. Um dos grandes nomes da cultura no Brasil, ele é conhecido por seus papéis marcantes em filmes, no teatro e na televisão. O artista faz parte de clássicos do cinema nacional, como O que é Isso, Companheiro?, Central do Brasil, O Auto da Compadecida, Bicho de Sete Cabeças e Cidade de Deus, além de ter atuado em produções como Hilda Furacão, A Muralha, Os Maias, Ó Paí Ó, Cordel Encantado, Sob Pressão e Carcereiros.

Em um vídeo encaminhado pelo ator, e que foi transmitido durante a live, Matheus agradeceu a homenagem e aproveitou para exaltar a cultura do País. “Estou aqui para agradecer com muita sinceridade, e de todo o coração, ao Festival Santa Cruz de Cinema. A cultura brasileira é tão linda, talvez seja o que o Brasil tem de mais bonito. Tem que ser cultuado, homenageado, o cinema brasileiro é lindo”, disse.

Ele finalizou sua participação contando que se sente honrado e privilegiado, e desejou um grande festival a todos. “Todo festival de cinema no Brasil é uma pura alegria pra mim.” Anteriormente, o festival já homenageou nessa categoria a cineasta catarinense Liliana Sulzbach e o diretor gaúcho Jorge Furtado, além da atriz Léa Garcia. O evento também concedeu o Prêmio Tuio Becker ao ator Leandro Firmino e aos diretores Filipe Matzenbacher e Marcio Reolon. O homenageado com o prêmio neste ano ainda será anunciado.

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